domingo, 25 de abril de 2010

Notas inconclusivas




No final de Zidane fica uma dúvida: seria possível sentirmos "alguma coisa" se, por porventura, víssemos este objecto numa galeria de arte? Será que nesses espaços, onde se encetam celebrações fúnebres, onde se encenam comportamentos temperados, é ainda possível enriquecer a nossa curiosidade? Não são hoje lugares como os supermercados, as megastores, ou mesmo os shoppings, onde habitam as imagens que edificam relações, todas elas muito ambíguas, que provocam o nosso agir?
A "culpa" será da arte? Dos artistas super-cultos? Da frieza de uma crítica contemporânea? Ou, é tudo culpa dos espaços comerciais e do vulgo impenetrável? E é tudo isto "muito mau"? Ou é antes, à luz de uma leitura "mais antropológica", mais difícil de sistematizar, logo, mais interessante?

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